A princesa e a
ervilha
1ª parte
Era uma vez um príncipe que queria se casar com uma
princesa, mas tinha de ser uma princesa de verdade. Assim, viajou ao redor do
mundo procurando princesas. Havia muitas princesas, mas ele nunca tinha certeza
se elas realmente eram princesas de verdade, sempre havia alguma coisa que não
estava certa com elas. Finalmente, voltou para casa muito triste porque não
conseguia encontrar o que estava procurando.
Uma noite houve uma tempestade terrível, com
trovões e relâmpagos, e a chuva caindo
muito forte. Foi horrível! De repente escutou-se uma batida na porta do castelo
e o rei correu para abri-la.
Ali na entrada estava uma princesa. Mas que
aparição! Ela estava ensopada. A água
escorria do seu cabelo e das roupas e escoava para dentro dos seus sapatos e
por fora dos dedos. Assim mesmo, ela insistiu que era uma princesa de verdade.
Segunda parte
“Nós vamos descobrir logo!” – Pensou a rainha, olhando para a moça molhada. Entretanto, ela não disse
nada e foi preparar o quarto da hóspede inesperada. A rainha mandou tirar toda
a roupa da cama e colocar uma ervilha no fundo da cama. Em seguida mandou pegar
vinte colchões e colocá-los em cima da ervilha e sobre eles mandou colocar mais
vinte acolchoados.
Logo depois a rainha mostrou à princesa onde ela
iria passar a noite e a moça foi para a cama muito agradecida.
Terceira parte
Na manhã seguinte o rei e a rainha lhe perguntaram
como havia dormido.
__ Oh, terrivelmente mal! _ Disse a princesa. _ Eu
mal consegui fechar os olhos a noite inteira. Deus sabe o que havia na cama.
Era uma coisa muito dura e agora estou como se tivesse recebido pancadas por
todo o lado.
Pela resposta a rainha soube que ela era uma
princesa de verdade. Só uma princesa seria sensível o suficiente para sentir
uma ervilha através de vinte colchões e vinte acolchoados.
O Príncipe finalmente encontrou sua princesa de
verdade, com quem se casou. A ervilha foi colocada no museu, onde ainda pode
ser vista, se é que não foi roubada.
Adaptação de Hans Christian
Andersen
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